31 de mai. de 2009

Soneto das datas (republicando)


Há datas que não gosto,

Gostos que eu não dato
Gestos que não acato
Postos onde me não posto.

Há vezes que não tenho vez
E viezes que me soam vãos..
Sons que me repetem nãos,
Vozes que me dão surdez.

Ruídos para o ouvido mouco,
Tanto grito e só o silêncio apraz...
Tantas datas que dizem pouco!

Em suma, já não sou capaz
De esconder que vivo louco
Por um romance ao som da paz.

(pelas datas de junho)

2 comentários:

Tão e somente... Yvoni disse...

Emilio,

É sempre uma boa surpresa ler 'escritos' de garbo indiscutível, mesmo sendo republicações, ainda mais de quem se admira.

E, entendo que, 'republicando' tem o mesmo sentido que 'repetindo', então... rs, repito:

"... Não posso dizer sobre o desejo universal, mas 'ao som da paz' é o que de fato busco também...

Parabéns!

Beijo

Terça-feira, 09 Setembro, 2008"


Daí, parto da premissa que: "... Se bem me conheço!... rs

Embora, também exista a máxima da literatura de Luigi Pirandello aonde diz:

"Ninguém Se Conhece a Si Mesmo

- Julga que se conhece, se não se construir de algum modo? E julga que eu posso conhecê-lo, se não o construir à minha maneira? E julga que me pode conhecer, se não me construir à sua maneira? Só podemos conhecer aquilo a que conseguimos dar forma. Mas que conhecimento pode ser esse? Não será essa forma a própria coisa? Sim, tanto para mim como para si; mas não da mesma maneira para mim e para si: isso é tão verdade que eu não me reconheço na forma que você me dá, nem você se reconhece na forma que eu lhe dou; e a mesma coisa não é igual para todos e mesmo para cada um de nós pode mudar constantemente. E, contudo, não há outra realidade fora desta, a não ser na forma momentânea que conseguimos dar a nós mesmos, aos outros e às coisas. A realidade que eu tenho para si está na forma que você me dá; mas é realidade para si, não é para mim. E, para mim mesmo, eu não tenho outra realidade senão na forma que consigo dar a mim próprio. Como? Construindo-me, precisamente."

Obra: "Um, Ninguém e Cem Mil"

>>> Comemore tudo que puder a seu modo e o que não estiver no 'seu calendário' ainda (por resistência ou mesmo por falta de 'crença')... os crie...
A criatividade ainda é a melhor "ferramenta" para a transformação de manifestações como, sua literatura em sentimentos construtivos e edificadores.

Tânia disse...

Hummmm....esse eu conheço, e com todas as alterações,motivação e claro, o resultado!!!! Tô pensando seriamente em um bolo, com velinha, pra comemorar o niver.

Masssssss...o que gostei mesmo, foi da Dory.....como ela mesma diria: "Oi, como vai, tudo bem?? Meu nome é Dory!"