29 de jul. de 2010

PARABÉNS

Eu só me posiciono entre o casal ai da foto exatamente para isso: fotografia. Fora isso, são quase inseparáveis e comemoram mais um ano de casamento em 1o.de agosto...
E essa comemoração chega logo depois de se comemorar (dia 30 de julho) o aniversário do próprio Emilio Neto, marido da Anelise, ambos meus filhos: ele, por que não lhe foi dada opção (de escolher pai) e ela porque optou por casar com ele. Ganhei eu...rs!
Parabéns a cada um... Parabéns ao casal. Deus os mantenha com disposição de lutar, pregar, fazer e refazer. Mudar (inclusive de volta pro Brasil, o mais rápido possível). Saudade!

(corrigido dia 01.08)

Viagens, parte 5 - Lima do Peru

5 - Lima, Peru, América Latina

Faltou dizer que, antes de Recife, tive a oportunidade de voltar a comer ceviches em Lima, a estranha cidade onde a chuva se recusa a cair e mesmo assim tem mais umidade que Belém do Pará. Praticamente não há telhados em Lima, ou seja, vender telhas por lá não daria camisa a ninguém. As casas são cobertas, claro, afinal há que se evitar o frio, o calor, a poeira e os bandidos que existem em todo o mundo, mas basta uma laje, um plástico, sei lá... Telhas são dispensáveis, assim como aquelas "bocas de lobo" que drenam aguas fluviais (quando não estão entupidas como ocorre normalmente em São Paulo), já que não há necessidade de fazer as tais galerias subterrâneas para escoar a água que (não) vem dos céus.

Há muita história e poesia em Lima, assim como muita vida moderna e espaços como o Arcomar, em Miraflores (o bairro chique de Lima), onde se come frutos do mar enriquecidos por uma magnífica vista do Pacífico. Um fim de tarde ali, especialmente depois de um dia de trabalho, pode dar a sensação que "tudo vale a pena", independente do tamanho da alma (e com o perdão de Fernando Pessoa).

Em uma viagem como essa, remanesce uma certa frustração de não conhecer alguns lugares especiais. Neste caso, do Peru, um dia se deve voltar para conhecer Machu Pichu e outros sítios desse "naipe", até porque uma das graças da vida é conseguir perceber os tempos. E a história. E os rios e os mares que são um amálgama entre terras, povos e tempos.
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27 de jul. de 2010

Viagens, parte 4 - Recife do Brasil

4 - RECIFE

Foi por saudade do Atlântico que permaneci um fim de semana em Recife, em "pleno inverno" de 30 graus (julho de 2010), acompanhado do filho Teco , um habitante de L.A. em férias no Brasil. Logo redescobri que, com o mesmo câmbio (e salário) de Brasília, ali se vive, se come e se bebe muito mais barato que na capital do Brasil e na capital de São Paulo, praças que mais freqüento (entre uma e outra viagem). Bem, acabei ficando com a sensação que, ao lado das maravilhas dali, Recife seria um "lugar barato" para se passar férias, viver e até pra morrer.

Mas, de repente, me dou conta que "Brasilia-Plano-Piloto" (seguida por "São Paulo-Jardins" e "Rio-Zona-Sul") é que são absurdamente caras para se viver, comparando, como tive oportunidade de fazer nas últimas semanas, com lugares como Xangai, Frankfurt, Recife, Pequim, Santo Domingo e Lima. Nenhum desses lugares têm um bife tão caro quanto aquele que se come no triângulo Brasília-Rio-SP, cidades cada dia mais incompatíveis com a renda do brasileiro. Ainda bem que resta todo o Brasil (e o mundo)...

Recife trata bem o nosso Atlântico. Primeiro, o alimenta através dos rios Capiberibe e Beberibe ("que ali se juntam pra formar o oceano", como dizem por lá); depois, delicados arrecifes amansam as águas e alisam o oceano para que chegue calminho às praias dali. Areias limpas e gente simpática...

O tratamento é tão bom que uns tais tubarões frequentam as praias de lá, o que está avisado em diversas placas distribuídas pela orla. Mas, dizem todos, os tais arrecifes são o limite de algum acordo mágico entre o povo e os tubarões, de forma que suas mandíbulas são mantidas do lado de lá.

Coma muito peixe (arabaiana, pargo, dourado) e muita carne por lá. Principalmente a de sol.
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VIAGENS, PARTE 3 (Germânia)


3 - FRANKFURT - Alemanha

A caminho da China visitei e revisitei o banco central europeu, o BCE, ali em FRANKFURT AM MEIN (que os portugueses fazem questão de traduzir para FRANCOFORTE DO MENO), sem deixar de notar – uma vez mais – a organização exuberante e a elegância discreta dos alemães (que, aliás, fizeram bonito papel na copa da África). E confirmei a tese que a mistura de crise européia com euro mais barato deixaram, ao menos essa parte da Europa, “vivível, passeável e comprável”, parafraseando Odorico Paraguaçu. Claro que olhei também o próprio rio Mein (o Meno dos irmãos portugueses, claro), experimentei comidas excelentes, vi gente bonita que não perde a elegância nem mesmo ao chegar a um restaurante pedalando sua bicicleta. Além do rio, vi – lá do alto – o Atlântico de sempre, que não nos separa, mas nos liga à Europa e à África.

Em uma cervejaria típica, peça o "trivial variado" que inclui vários tipos de salsichas, linguiças, joelho de porco (einsbein), costeleta defumada (kassler) e costelinhas de porco...

NA VOLTA VOCÊ SE TRATA E FAZ REGIME!
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(à esquerda o Mein, ou Meno, como gostam os lusitanos de nosso coração)

Viagens, parte 2 - NA VELHA CHINA

2 - CHINA
Um pouco antes da aventura intensa (e barulhenta) da copa do mundo de futebol, fui ver de perto, em cores e ao vivo, depois de imenso passeio aéreo – terras da China, para conhecer o decantado milagre capitalista chinês e as explosivas urbes de Xangai e Pequim. Fui à Xangai Expo 2010, algo que o Google pode descrever melhor que eu, mas resumiria assim: atordoante! Ou "fascinante".
Acho que tantas outras pessoas já contaram as novidades dessa China efervescente, a caminho de algo moderno, estágio ao qual já chegaram milhões de pessoas de lá, mas ainda a ser atingido – um dia – por muitos outros milhões. Nem é o caso de ficar repetindo as histórias! Claro que também vi a China pelas lentes da imprensa que mostra a preocupação do resto do mundo com o avanço chinês e seu sistema cambial de taxa fixa (em relação ao dólar), sem a flutuação adotada por países como Brasil, os europeus, etc. Crêem muitos que o modelo cambial ajuda a China na competição internacional, por deixar seus produtos mais baratos.

Aliás, o que mais se faz (visitantes) na China é comprar, as mesmas bugigangas que se compra por aqui nas feiras de importados e camelôs, deixando para segundo plano a "grande muralha" ou a "cidade proibida" (para ficar nos mais óbvios). Encontra-se de tudo (ou quase), original ou não, mais ou menos caro e, nas feiras populares, o hábito de discutir preço, pechinchar, fingir que desiste da compra, ameaçar ir embora, tudo é usado com a mesma intensidade que na Turquia, para ficar no exemplo mais conhecido do exercicio dessa arte negocial.

Mas, lá na China ("meninos eu vi"), vi o céu poeirento, “da feia fumaça que sobe apagando as estrelas” e vi o mar da China! Os mega-aeroportos e os Jumbos que fazem os voos domésticos. Bandos de bicicletas à margem dos enxames de automóveis. quase tudo MADE IN CHINA.
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VIAGENS, PARTE 1 - O POLVO E A FÚRIA

(1) SEM SAIR DE CASA
Nas últimas semanas tive oportunidades de olhar com atenção alguns lugares do mundo, diferentes pessoas e culturas, por meios também distintos.
Apesar de muito voar (e dormitar em muitos aeroportos), a TV foi a forma usada mais vezes, principalmente para ver o que ocorria nos gramados da África do Sul e, depois, para ver a alegria em terras da Espanha, a Fúria, consagrada campeã! Mas olhei a mesma Espanha também por meio das noticias que contam as dificuldades econômicas (e políticas) daquele país ibérico, nessa quadra do século XXI. E a Espanha não está só nesse imbróglio que acomete outros países já chamados PIIGS, na sigla em inglês, representando Portugal, Irlanda, Itália, Grécia - onde tudo parece ter começado - e “Spain”, a mesma Espanha que ganhou a copa de futebol. Uma das conseqüências foi que o euro ficou mais “barato”, pois se meses atrás era preciso até US$ 1,60 para comprar um euro, após a crise o “preço do euro” caiu para até US$ 1,20, deixando quase tudo na Europa bem mais barato. Ou 25% mais barato.

Mas o melhor da copa das vuuuuuvuzelas (só agora pararam de azucrinar meus sonhos), foi o Polvo Vidente, o Paul, que ademais de prever tudo certinho, ainda escolheu adequadamente a campeã. Dizem até que tem (ou tinha) truque nessa história, mas, verdade ou não, alguém - até mesmo, eventualmente, o próprio polvo - acertou os resultados.
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