30 de jan. de 2011

UMA VIDA SEM LIMITES

Estou sempre atrasado em relação a cinema, assistindo filmes lançados anos atrás e, claro, vendo-os em casa. Depois do cachorro, o DVD/Blue Ray e a TV a cabo são os melhores amigos do homem.
Nessa onda, acabo de ver e rever “Uma Vida Sem Limites” (Beyond the Sea), cinebiografia de Bobby Darin, um superstar da canção nos EUA, principalmente na década de 60, em filme dirigido e interpretado por Kevin Spacey.
A direção de Spacey, emocionante, sem ser piegas, resume a história de Darin, nascido Walden Robert Cassoto, no Bronx, Nova York, em 14.maio.1936, durante a Grande Depressão.

No início de sua carreira, Bobby foi um ídolo "teen" e seu primeiro sucesso foi a canção Splish Splash, composta por ele em vinte minutos e que vendeu milhões de cópias (foi sucesso também no Brasil, em versão de Roberto Carlos).
Em 1959, ganhou o Prêmio Grammy com a música "Mack the Knife" e o segundo Grammy, como revelação do mesmo ano. Outro grande sucesso que marcou sua carreira foi "Beyond the Sea", versão para o inglês de "La Mer" de Charles Trenet e que é também o nome em inglês do filme de Kevin Spacey, produzido em 2004.
Darin fez diversos filmes e foi durante as filmagens de "Quando Setembro Vier", um de seus filmesmais conhecidos, que conseguiu conquistar – e depois se casar – com a famosa estrela de cinema Sandra Dee (no filme magnificamente vivida por Kate Borsworth). Na vida real casaram-se em 1960, divorciando-se em 1967.

Dei uma boa olhada nas biografias de ambos: Sandra Dee jamais voltou a se casar e morreu aos 60 anos, em 2005, depois de lutar anos contra seu alcoolismo (mencionado com elegância no filme de Spacey, produzido enquanto ela ainda vivia). Darin ainda se casou em1973, em uma união (?) que durou poucas semanas e veio a falecer naquele mesmo ano, numa mesa de operações. Darin teve sua curta vida marcada por problemas cardíacos vindos da infância, porque, aos 8 anos, fora acometido por uma febre reumática que afetou seu coração. Seus últimos meses de vida foram marcados por cirurgias e shows em boates entremeados de sessões em balão de oxigênio.

Mostra o filme – e testemunham seus biógrafos – que ademais do talento incrível, Darin trazia a marca do homem bem humorado em qualquer circunstancia.E Kevin Spacey vive seu personagem com tamanha fidelidade, garra e competência, inclusive emprestando sua própria voz aos números musicais, que, ao cabo, é difícil separar o ator do personagem. Separar quem é Kevin, quem é Bobby...

15 de jan. de 2011

DEJA VU EM DUBAI

Tem uma coisa em Dubai, até prosaica, mas que, no fim, é o que mais emociona na visita àquela terra. Um mirante, no alto do Burj Kalifa Bhin Zaid (o tal do prédio mais alto do mundo) quando apontado para a cidade de Dubai, dá a opção de se ver, através de suas lentes, imagens do passado, como era aquele lugar décadas atrás. Do tipo “antes e depois”, sendo que o “depois” é uma simples vista natural do estágio atual.

Como no filme DEJA VU, na cena em que Denzel Washington em louca carreira de moto fica com um olho no passado – por meio de um equipamento especial – e outro no presente, até para poder dirigir pelas ruas da cidade. E é importante não esquecer o passado, até porque somos sua conseqüência...

(Valeu a lembrança, Marden)

11 de jan. de 2011

A 380 - QUE AVIÃO !!!

Voar no A-380, o maior avião do mundo, é uma experiência inesquecível. A começar pelos 3 "fingers" ou pontes, necessários para colocar todos os passageiros para dentro (e depois para fora) sem uma perda de tempo absurda se fosse um só, como se usa para os demais aviões. Portanto, já o aeroporto requer um preparo especial para acomodar o 3-80ão.. Nesses da Emirates que utilizamos, todo o andar superior contem as poltronas da Primeira Classe e da Executiva. Na parte de baixo fica a classe econômica, ou turística. Na configuração da Emirates (dado sujeito a confirmação) acomodam-se 550 passageiros, mas o mesmo avião, se totalmente em classe econômica, pode levar mais de 800 pessoas. Então, imagine agora chegar um monstro desses a um aeroporto brasileiro, tirar todo o povo de dentro, entregar a mala de cada um e arranjar táxis para que cheguem a seus destinos. ai, ai , ai , ai ,ai! E se 10% dos passagens quiserem ir a um banheiro, o caos será instaurado, sem piedade!!!
Esse Airbus é uma estrutura gigantesca. Quando rola na pista para alcançar velocidade e decolar, parece um prédio se movendo lentamente. Quando salta no ar, em movimentos delicados e quase imperceptíveis sem a ajuda visual, transmitem uma segurança como nenhum outro aeroplano, sem trepidar, sem vacilar, sem inclinar, ao menos de forma perceptível. A arrumação de bordo (configuração) é a melhor possível, com poltronas confortáveis, espaçosas, com serviço de entretenimento super completo com filmes, séries, jogos e leituras. Já o serviço de bordo da Emirates fica alguns furos abaixo desse glamour e tecnologia de ponta, com serviçais de bordo não muito atenciosos e comida apenas correta. Compensa, no caso do a A380, um grande bar no fundo do avião, com um ambiente gostoso para papear e esquecer que está voando. Para avaliar o A 380, voamos 2 trechos de 6 horas cada um, ida e volta, entre Dubai e Pequim. Para avaliar a Emirates, acrescentamos dois trechos de 14 horas cada um, entre São Paulo e Dubai. Mas fique tranquilo que ela (a Emirates) não é nem um pouco pior que as aéreas nacionais ou as americanas que atendem o Brasil.

Viagens (VII) - conhecendo DUBAI

Passamos por Dubai, nos Emirados Árabes Unidos-EAU na ida e na volta da viagem à China. Na ida, apenas a visão do aeroporto de tamanho descomunal, onde o conjunto das salas vip já é maior que o nosso aeroporto de Cumbica inteiro. Um luxo! Na volta, como chegamos no sábado, optamos por passar o fim de semana (sem custos para o empregador, claro) conhecendo um pouquinho de Dubai. Estavamos dois do Ministerio da Fazenda: Marden e eu (na foto dentro do avião).

Dubai é um dos sete emirados (unidos) e a cidade mais populosa deles, com aproximadamente 2.2 milhões de habitantes. Quer dizer, a população do Uruguai, ou, um pouco menos que Brasília. A cidade de Dubai está localizada ao longo da costa sul do Golfo Pérsico, na Península Arábica, na Ásia.

Dubai é um conjunto de obras faraônicas (como lá não tem faraó, talvez devêssemos chamá-las "emirônicas", já que se trata de um emirado), prodígios de verdade, no meio de um deserto e a beira mar. Cidade internacional, com trabalhadores oriundos de mais de uma centena de países (um dos orgulhos locais), mescla visitantes exóticos (gente do Brasil, por exemplo) em trajes sumários com senhoras no tradicional recato que lhes impõe o uso das burcas.

Shoppings e Malls luxuosíssimos - um deles tem uma estação de esqui (foto abaixo à direita) onde neva e se pode escorregar num trenó, ou esquiar, mesmo que lá fora a temperatura chegue a 50 graus - onde se pode comprar tudo (ou quase tudo) de qualquer lugar do mundo (ou de quase todos...).

Uma das visões mais impressionantes de Dubai, sem dúvida, é o Burj, Kalifa, o edificio mais alto do mundo, com um mirante (acessível por elevador, que ninguém é de ferro) a 550 m de altura. Verdade que se avista muito mais deserto e mar que qualquer outra coisa, mas que impressiona, impressiona! Impressionam também as ilhas artificiais, uma compondo uma imagem de uma palmeira, outra desenhando um mapa mundi, mas que não se admira plenamente desde o chão (ou mesmo do mirante lá do Burjão), mas se revelam magnificas vistas do avião (primeira foto no alto à esquerda - clique para ampliar). Nelas se constroem casas para milionários de qualquer parte do mundo.

A hotelaria é de primeiríssima linha e os preços são acessíveis, ao menos na época em que passamos por lá (outubro, baixa estação). E apenas nos hoteis se pode tomar bebidas alcoólicas, porque nos restaurantes de rua ou nos shoppings, álcool zero. Restaurantes também excelentes, principalmente nos hoteis, a preços mais baixos que no Brasil, para dizer o mínimo.

O calor é brutal. Na prática há que se tentar passar a maior parte do tempo em áreas com ar condicionado, ou seja, nos interiores de hoteis, shoppings, restaurantes, etc.

O que mais gostei? Fácil: no trecho Dubai-Pequim, na ida e na volta, viajamos no A380, o maior avião do mundo. Mas isso vale outro post!

(clique sobre as fotos para ampliar)


10 de jan. de 2011

O aquário em Dubai - caminhando entre os peixes

Todas as fotos deste post (clique sobre elas para ampliar) foram tiradas no aquário do Shopping Dubai.

Diferente da maioria, nesse aquário, em especial, existe um túnel transparente que o atravessa e nos permite ver os animais marinhos acima e ao lado,
não raro dando a assustadora impressão que um tubarão ali nos olha com segundas intenções.

Aquela região desértica, como bem sabemos, não é pródiga em belezas naturais (para dizer o mínimo) e aqueles que tentam transformar a área em polo turistico desenvolvem esse tipo de atração para compensar, muitas vezes com sucesso. É assim que a cidade dispõe também de um centro de esqui na neve, um aparente contrasenso para um caliente deserto, mas já mostramos essa verdadeira travessura em outro post. (http://emiliogarofalo.blogspot.com/2011/01/viagens-vii-conhecendo-dubai.html).

Da mesma forma, compõem esse contexto hotéis magnificos, ilhas artificais onde estão algumas das mais ricas mansões e alguns dos mais belos hoteis do universo, o edificio mais alto do mundo e seu estoanteante mirante a mais de 500 metros de altura e muitas outras construções.

Mas o tal aquário é impressionante e caminhar por seu interior, vendo e sendo visto (a impressão que dá, às vezes, é que os peixes vão ali ver os humanos, é uma experiência magnífica. Recomendo!
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9 de jan. de 2011

Viagens (6) - De volta à China, quatro meses depois

Novamente a trabalho, novamente a China, apenas quatro meses depois da viagem anterior para lá, mas, desta vez, ao invés de fazer baldeação na Europa, o destino nos levou via Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (que conto em outro post). De lá, direto a Pequim (ou Beijing, que é a mesma coisa). Primeira lição: é looooooooooooooooooooooooonge!!!

Pequim contém as embaixadas e representações, o que a torna uma cidade descolada, poliglota, multinacional. É uma cidade planejada, organizada e com um trânsito inesperadamente caótico,
principalmente pela pouca intimidade dos habitantes locais - especialmente taxistas - com as regras mais simples de transito... Quem acha selvagem o motorista paulistano ou carioca, vá viver as emoções de tomar um táxi - aliás, muito barato - em Pequim: "é emoção pra valer"!

A comida é internacional. Acha-se restaurantes italianos, franceses, espanhóis e "até" restaurantes chineses na cidade. Come-se bem e pela metade do preço que se paga em Brasília. Pontos turísticos, além de uma parte da Grande Muralha que está razoavelmente próxima do centro de Pequim, tem a Cidade Proibida (olhe, tem mais pagodes na Cidade Proibida que em fim de semana no Rio). Cada teto amarelo ai na foto ao alto é um pagode. Tem pagode, pagodinho e pagodão, porém com muitas histórias e lendas, o que encanta principalmente ao povo chinês, durante séculos impedido de
ali adentrar.

Tem a Praça da Paz
Celestial (Praça Tiananmen), o mausoléu de Mao, as reliquias que sobraram das Olimpíadas, como o Ninho de Pássaro, diversos monumentos importantes, tem Templo do Céu, a Igreja Xishiku, museus e o que mais se espera de uma cidade importante, de uma civilização milenar. No entanto, os brasileiros que lá vão, curtem, de verdade, as "feiras" de produtos chineses de consumo, como nas feiras de importados (da China, claro) que se vê no Brasil. O "Silk Market" ("feira da seda", foto à esquerda), o "Pearl Market" (pérolas) e outras menos votadas, enormes, vendem eletrônicos, óticos, roupas, além de mil e dez bugigangas a preços inacreditávelmente baixos para os padrões brasileiros.

Os hotéis são ótimos e relativamente baratos. Ao preço de um 3 estrelas em São Paulo ou 2 estrelas no Rio, é possível hospedar-se em um belo 5 estrelas na capital chinesa. Bem, é verdade que o câmbio baixo (dólar barato) ajuda muito essa comparação.

Se você está disposto (e possibilitado de) aproveitar esse câmbio para conhecer o mundo, inclua a China, a potência China, no seu roteiro. Vale a visita!
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