21 de jan. de 2012

VADA A BORDO, CAZZO!!!


O chefe da capitania dos portos de Livorno Gregorio De Falco virou uma espécie de herói italiano (no mínimo, uma celebridade), após a transcrição de seu diálogo com Francesco Schettino, o malfadado capitão do navio Costa Concordia, naufragado de forma tragicômica na costa italiana na semana passada. Como se vê na foto acima, quase naufragou em terra e seria engraçado não houve matado, traumatizado e ferido tanta gente.


O site português SAPO descreve com detalhes o comportamento do capitão Schettino, tido como um dos primeiros a fugir do local do acidente e por isso, ao menos por ora, em desgraça internacional: “É sabido que o código de honra dos homens do mar (que é suposto valer ainda mais do que a lei) manda que, perante um desastre a bordo, o comandante seja, em qualquer caso, o último a abandonar o navio. Está amplamente provado que o comandante do Costa Concordia, Schettino, antes da meia-noite desta fatídica sexta-feira já viajava de táxi, em terra. Procurava escapar-se da zona de desastre. A essa hora, centenas de pessoas ainda continuavam dentro do navio a lutar pelo salvamento. Schettino, o comandante do desastre, é um italiano com 52 anos de idade e 30 de mar. Entrou para a companhia proprietária de sumptuosos navios de cruzeiro em 2002. Foi admitido, ironia da história, como responsável pela segurança dos navios. Em 2006 foi promovido a comandante.


Vale a pena “caçar” pela Net a transcrição do diálogo áspero entre De Falco (da capitania dos portos) e o comandante Schettino, cujo ápice é quando o policial ordena ao capitão fugitivo:

“VADA A BORDO, CAZZO” (algo como, “volte a bordo, cacete)...


A expressão virou um bordão, principalmente pelos caminhos da internet, mas também em camisetas que rapidamente ganharam o mundo, ganhando uma conotação filosófica e mandatória, para que jamais abandonemos nosso barco em situação de perigo. Passa a ser, assim, uma parábola de vida, no sentido de, por maior que que seja o perigo, “vada a bordo...cazzo”.