26 de nov. de 2011

Natal na Regent Street

Voltar a Londres, pela segunda vez no mesmo outono, é um presente de Natal, mesmo que, nas circunstâncias, tenha ocorrido em outra viagem a serviço e apenas de passagem para o Brasil depois de uma estada na África.
Foram pouco mais de 24 horas em Londres mas que ofereceram a oportunidade de caminhar no frio ainda suave - para alegria dos londrinos - próximo dos 10 graus e sem chuva. Claro que daqui a uns poucos dias a barra vai pesar, o frio vai ser pesado, neve pode cair entre as chuvas a que os britânicos já são acostumados.
Mas nessas duas curtas passagens por Londres, em novembro de 2011, o tempo foi generoso com o nosso pouco tempo na cidade (sempre "tempo x tempo", ou "time x weather"). Os parques continuam lindos, as folhas ainda cobrem as ruas e calçadas e a Regent Street, onde as grifes habitam verdadeiros palácios arquitetônicos, resplandece. É, Londres é uma festa, sempre...

Casamento da Pitoco

Nos altos e baixos da vida, há momentos que compensam todos os dissabores, que reinam sobre dores e angústias e que podem ser traduzidos por momentos em que vale a pena viver.
O meu ponto alto deste ano - ou de muitos anos - foi figurar no casamento da filha caçula Catarina (a Pitoco, que deixou de ser pitoco faz tempo) com o Nilton.
Imagine a cena: o Pastor, ai na primeira foto entre os noivos, foi o Emilio Neto, meu primogênito, que neste ano voltou ao Brasil depois de 7 anos na América, acompanhado da esposa Anelise.
O cantor, que aparece na segunda foto, foi o Tercio, o filho do meio que mora e estuda em Los Angeles. A canção, por ele composta fala do amor de irmãos e ressalta o valor da família que, por mais quebrada que possa estar, deve ser ser chamada, seja para os momentos de dor, seja para os momentos de consagração.
Deixo que a letra dessa música seja a expressão de nosso amor e júbilo ao casal brilhante:

Pequenina (Pitoco)
Olhe pra voce...
O sol se pos...
O dia se foi
E o brilho dos seus olhos ilumina todo o ceu nesta noite.
Eu nunca diria que te vi crescer
Voce sempre sera a minha menininha
Correndo ao meu lado...
Mostrando o caminho.

REFRAO
Entao aceite essa vida
E nao tenha medo de nada
Desenhe um mapa no seu coracao
E nos guie por esse caminho com alegria
Ensine a esse menino...
Como te manter sempre sorrindo
Divida com ele...
E divida conosco
O seu amor.

Hoje a noite
Eu luto contra minha lagrimas
Mas nao ouso vencer
Pois tenho certeza que a manha que esta nascendo
Vai durar pra sempre... E sempre.



Só tinha esquecido de contar que a versão original - e como foi cantada na cerimônia - foi em Inglês. Transcrevo abaixo

Little one

Look at you…

The sun is down, the day is gone

The shining of your eyes lights up the sky… Tonight

I would never say I’ve seen you grow

You’ll always be my little girl

Running next to me… Showing the way

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REF

So take this life…

Be afraid of nothing

Draw a map inside your heart

And walk us through this path with joy

Show this boy

How to keep you smiling

Share with him

And share with us… Your love.

--------------

Tonight…

I fight my fears but I don’t dare to win

For now I know

This morning rising up

Will last forever more


9 de nov. de 2011

OUTONO EM LONDRES

Neste ano da graça de 2011 tive a honra de conhecer o Outono de Londres. Já tinha uma paixão imensa pela cidade, a "velha e pérfida Albyon" que conheci muitas vezes no Verão, na Primavera e até no Inverno. Mas não conhecia seu Outono (apesar de minha fixação pelos outonos do hemisfério norte).

Estive lá neste começo de novembro, pisando nas folhas coloridas, secas - por terem sido descoladas das árvores - e úmidas - por conta do clima que as umidifica todo o tempo - que cobrem as calçadas.

Mas mesmo nas calçadas sujas há uma graça especial, diferente da sujeira comum. Há um perfume frio de flores ressequidas, um aroma de folhas mortas, não como se sente em um processo de morte como um fim, mas como início da transformação que se segue ao inverno; e do qual cada estação é parte indispensável. Não há inverno sem um outono a preparar os caminhos...

Vi também seus parques de beleza reconhecida mas que, nesta época, são repintados pelo tempo e pelo tempo.
São muitos tempos que se amalgamam.
A fusão das folhas que adentram a terra para adubar as novas folhas que nascerão na primavera.