27 de fev. de 2010

BOA VIAGEM

Ali, próximo ao portão de embarque, aguardo impaciente a chamada para, finalmente, entrarmos no avião atrasado e seguirmos viagem. A funcionária da TAM (ou da GOL, tanto faz) nos olha a todos, de cima para baixo com uma certa vontade de matar um a um (funcionário de empresa aérea, em regra, parece odiar passageiro, esse ser indigesto que vem atrapalhar seu horário de trabalho) e, enfatizando sua autoridade, determina:
"
--- Deverão embarcar primeiro as "prioridades" ( e logo se presta a esclarecer quais são):
- crianças acompanhadas (supõe-se que seus respectivos acompanhantes podem acompanhá-las) e desacompanhadas;

- senhoras gestantes (e acompanhantes, claro);
- passageiros com dificuldade de locomoção (e acompanhantes, evidentemente. Quem os deixaria viajar a sós?);
- passageiros da "Melhor Idade" (antigamente chamados coroas, anciãos, velhotes, etc.)
- passageiros com cartão azul e dourado;
- passageiros com cartão de crédito Itaú-Bradesco série rosa;

- torcedores do Asa de Arapiraca...
(Todos acompanhados de que? de acompanhantes)

Quando me dou conta, sobrei! Sou a única "não prioridade" para embarque.
Penso em mancar um pouco, pedir uma criança emprestada, um bebezinho pra levar no colo.... é tarde! Todos já se arrumaram e novamente serei o último a entrar. Tudo bem, já que tenho lugar marcado.

Finalmente passo o portão, entrego meu cartão de embarque e ouço a informação cada vez mais comum nos embarques nacionais: "Neste vôo, os assentos serão de livre escolha do passageiro"... Para quem não está acostumado, isso quer dizer que perderam o controle da marcação de assentos e será um "salve-se quem puder". Claro, último a entrar, adeus opções: acomodo-me entre um cavalheiro obeso que nem deve saber
seu peso - já que as balanças normais só permitem até 200 kg - e uma simpática jovem mamãe com seu pequerrucho chorão no colo. Ah! precisei também levar minha maleta sob os pés porque, o último a entrar não consegue lugar "acima dos assentos" na chamada chapeleira, o local que deveria ser o destino normal da minha pasta.
E boa-viagem!

SAUDADE

Estou no Planalto Central desde maio de 2009, reencontrando as pessoas e as árvores (aqui não se encontra "a natureza", porque tudo foi recém feito ou plantado. Ou pelo menos, nos 50 anos que Brasília está próxima de comemorar em abril próximo. Há um pouco do cerrado "natural"nas cercanias...um dia a gente mostra).
Bem, a saudade ficou grande. Gosto demais de encontrar amigos por aqui. Nesses meses que ficamos fora do ar recebemos 160 visitas (que bateram com a cara na porta), dando a impressão que "rola"alguma saudade também, ao menos em algumas pessoas.
Vamos lá! Olhar Brasilia, o Brasil, o mundo, a vida e as pessoas que fazem diferença.