1 de jun. de 2009

O AIRBUS DA AIR FRANCE

Começamos junho com a triste noticia do desaparecimento de um avião da Air France que saiu do Rio de Janeiro no rumo de Paris. Passamos a manhã torcendo por um milagre como aquele conseguido (recebido?) por um piloto da US AIRWAIS em janeiro deste ano (veja aqui). E por que nos envolvemos tanto, emocionalmente, com acidentes aéreos?
Creio que, em primeiro lugar, porque somos minimamente sensíveis às tragédias humanas, por mais que elas sejam comuns no nosso cotidiano de tantas informações recebidas de todo o mundo. Em segundo lugar, os acidentes aéreos nos chocam mais (inegavelmente) que os de trem, ônibus, navio, etc., talvez porque o avião, com pouco mais de 100 anos de existencia e ainda menor tempo de uso como transporte de massas, provavelmente ainda não se incorporou na nossa genética... Ainda é algo misterioso que nos fascina e ameaça, que nos atrai e apavora. Que representa uma travessia para um momento feliz, ou um atalho para o fim.

Um comentário:

cris surreal lazzari disse...

Sabe, Emílio, eu tenho passado os últimos 30 anos pra cá, pra lá usando esse meio de transporte. Como você, imagino. E, nós sabemos o que é "pequena turbulência", "sacolejos", "desvio imprevisto", etc... para quem está dentro de uma aeronave. Embarquei e esperei de volta, as crianças, viajando desacompanhadas, na maior aflição. Se Empatiso com os passageiros de qualquer voo que não termine bem, é por imaginar a aflição daqueles últimos momentos, onde, certamente, as vítimas sabem que estão para se tornar uma... e, ficou, naquela manhã, a esperança de vermos alguns botes, com todos são e salvos... não ficou???