Depois de mal comemorar o aniversário de número 40, resolvêramos fazer uma grande festa para o de número 41, como que a resgatar a alegria que houvera sido roubada no ano anterior (histórias passadas, já moidas e remoidas). Nathan, velho amigo, oferecera sua casa e muitos convidados deveriam chegar a partir de 13 horas para um churrasco, à volta da mesma churrasqueira inaugurada com uma feijoada meses antes (Não me pergunte porque que se inaugura churrasqueira com feijoada...Pergunte ao Nathan). Como nos bons domingos, havia corrida de Formula 1 pela manhã, na Itália, que o Brasil acompanhava de olhos acesos e coração feliz, porque Ayrton dirigia nosso sonho. Eram 11 da manhã quando ele bateu na Tamburello!
Treze horas, as pessoas iam chegando com olhos vermelhos, corpos tensos e palavras contidas. Nosso piloto estava ferido e era grave.
Chopinho, uisquinho, picanha aperitivo e a descontração começou a ganhar o ambiente. Deixa o Ayrton pra lá, blá-blá-blá... Até que alguém noticia: "Morreu Ayrton Senna".
Meu! Imagina a cena! O silêncio era tão alto que doia os tímpanos. Alguns choraram escancaradamente, outros em silêncio... Mas sei que todos choraram. A "festa"continuou, até porque ninguém tinha para onde ir, ou não queria ir pra lado algum. No fundo, todos queriam estar juntos, como que a dividir o fardo da perda.
Foi um Primeiro de Maio, como hoje, 15 anos atrás. Não lamento a festa... lamento a perda do ídolo de uma nação tão carente...
"Coração verde-amarelo
Branco e azul de anil
Morreu na Tamburello
Ayrton Senna do Brasil"
Um comentário:
Lembro bem desse dia!!! Triste, inevitável, inesquecível!!!
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