Nesse filme de 2007, Julie Christie vive Fiona (nada a ver com Shrek) a esposa que, percebendo a chegada da doença, se faz internar em uma clínica especializada no trato desse tipo de condição, a despeito dos protestos de seu marido Grant (Gordon Pinsent). A cena da despedida é marcante pela dor expressa nos rostos, nos gestos, na "aura" de cada um. Ocorre que, por praxe, a tal clínica proíbe visitas nos primeiros 30 dias do paciente no local e só após este angustiante período de espera seu marido vai visitá-la. Mas Fiona já não tem mais capacidade de reconhecê-lo. E mesmo com todo seu esforço para trazer sua lembrança ao centro da cena de Fiona, nos dias e semanas seguintes, cada vez mais ela mergulha em um novo mundo, no qual seu marido não existe.
Nesse novo mundo, ela se afeiçoa a um paciente com vida quase vegetativa de quem cuida com carinho. Aliás, um carinho que seu marido ainda demanda! Para quem assiste, participa, o amor do marido se revela pungente, profundo. Inicialmente ele toma o caminho do egoísmo, próprio dos amantes, até evoluir e se doar em um inacreditável gesto de desprendimento em favor da felicidade (ou alegria) dela. Um filme feito para pensar na vida real, suas dores, suas belezas escondidas no íntimo de cada um, que surgem em momentos únicos. Um filme especial!
(Esse filme está passando em TV a cabo – telecine – ou pode ser alugado)
3 comentários:
FALHA NOSSA
TINHA UM "ASSISTIR O FILME" NOINICIO DO TEXTO. COMO O FILME NÃO TÁ DOENTE, CONSERTAMOS PARA "AO".
DESCULPE NOSSA FALHA
Sou somente eu a TRAPA? shuashuashua
Bjos.
Pareceu-me tão denso! Vou me preparar para um dia assistir.
Coisa linda essa de ter alguém ao seu lado até o fim...
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