Viagem de Ouro

Esse abandono do blog por alguns dias deveu-se a compromissos profissionais no exterior, um recorrido por alguns países andinos, no inicio de setembro, em missão oficial, conforme publicado no Diário Oficial. Não é, portanto, segredo.
Nesse tipo de viagem, raríssimos são os momentos de folga e lazer. Mas a passagem por Bogotá – pela primeira vez – nos impôs um compromisso cultural, em paralelo às andanças profissionais: desde que, nos anos de 1980, trabalhei na Divisão do Ouro do Banco Central, tinha o sonho de conhecer o Museu do Ouro de Bogotá, tido como um dos mais ricos do mundo, principalmente pelo aspecto cultural, ao preservar objetos de ouro com mais de 2.000 anos de existência.
Uma viagem pelos costumes e culturas de habitantes sul-americanos pré-colombianos, incluindo diversos registros anteriores à era Cristã, indicações de culturas avançadas na nossa região, principalmente antes dos saqueadores espanhóis destruírem quase tudo o que havia por aqui. Mantido pelo banco central colombiano, o Banco da República, lá existem (e resistem) 34.000 objetos feitos em ouro, 13.000 feitos em cerâmica e 8.000 em pedra, tecidos, ossos e outros materiais.
Trata-se da coleção mais importante do mundo sobre a arte metalúrgica pré-colombiana. Indo lá, não deixe de ver. (ou, como dizem os paulistas, “eu recomeindo!”)

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