7 de mar. de 2009

Paulistanês parte 2 - Tercio aprende a língua

Tercio veio passar uma temporada em São Paulo em 2004. “Temporada” que se transformou em “ano sabático” e, finalmente, em “dois anos sabáticos", no embalo das greves da UnB – Universidade de Brasília, que ele aproveitou para estudar música e, também, desenho na Escola Panamericana (Confesso que adorei a companhia).
Nascido e criado em Brasília, suas maiores dificuldades iniciais foram aprender a se mover no trânsito e na esquisita geografia paulistana e, surpresa, entender certas peculiaridades da língua local (o Paulistanês).
Certa ocasião, alguns dias depois de chegar, disse que havia aprendido uma coisa interessante: sempre que se diz “obrigado” a um paulistano ele responde “obrigado eu” ou “obrigado você” que, em Paulistanês significam exatamente a mesma coisa (e que seriam facilmente substituídas por um “por nada”, ou “de nada”). Mas tudo bem, até que ele resolveu adotar o “obrigado você” para responder a agradecimentos. Ai ele foi surpreendido com outra peculiaridade da língua local. Veja o diálogo:
-- Obrigado!
-- Obrigado eu!
-- Obrigado eu, você!
Ai ele se entregou: havia perdido a parada do agradecimento... E ri disso até hoje!


-o-

4 comentários:

Anônimo disse...

É!!!!

Não se surpreenda, se, voltando p Casa ( Brasília, no caso), encontrar certas Modernidades...

vai rir também!!!!

EMILIO GAROFALO FILHO disse...

Rs... A graça da história, Cris, é que minha "casa" é SP mesmo. E a gente que vive aqui nem percebe essas "paulistanidades", já que 0- provavelmente - a gente também usa essas mesmas expressões. Brasilia é muito engraçado, porque é uma mistura de todos os sotaques...

Anônimo disse...

muito boa essa do paulistanês! Há coisas tão características daqui. Vira e mexe também me pego usando expressões que são mais comuns do interior de SP do que aqui. Mas Brasilia não tem um sotaque, pois não?
abs,
Luciana

EMILIO GAROFALO FILHO disse...

Oi Luciana
Brasilia tem TODOS os sotaques
Na mesma frase podem rolar "BIXIM"e "TCHÊ"
É a maior mistura que se possa imaginar
Mas essas coisas são bacanas a gente observar "de fora". Quando eu voltar para Brasilia, mês que vem, depois de 9 anos fora, acho que vou perceber mais claramente os regionalismos de lá (Brasilia) e daqui (SP)