17 de mar. de 2009

Parto


Cruzo em passos moucos esse vale estranho,

Sem cena visível, audível ou sonhável,

Vale sem dores, penumbras, odores, catacumbas!

Sem Vida!

Esse o vale sem morte,

Vale sem sorte,

Meu vale!

Minha fenda escarlate cravada no centro

Fundida no calor do malho do ferreiro

Nas patas ligeiras do alazão do tempo,

Cujo nomeé MEDO,

Medo de voar!

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2 comentários:

Tão e somente... Yvoni disse...

Já me chamaram de bruxa, de filósofa e até de psicanalista... Tenho nada disso não... O seu 'parto', ou seja, sua partida me dá a impressão de perda...
Claro que posso estar errada, mas também não. E se estiver 'falando' de você mesmo e não de um personagem 'distante', não tolha seu caminho... Seu destino é seu - de mais ninguém!... Ter medo faz parte de cada minuto que 'tornamos' intenso em nossas vidas... Viva a Sua da melhor maneira possível!
Voe, voe alto, assim como um falcão em busca de pouso na hora oportuna!
Pouse - e repouse - se considerar que é chegada a hora...
Seja e faça feliz! -: VI-VA mesmo que tenha como parte o medo... (e como parte, não toma conta do todo...)... Trilhe, siga, caminhe - Chegue!

Beijo bom!

Tão e somente... Yvoni disse...

A resposta é:"sentimos falta porque faz falta!"
Inspire!

Um beijo,

Di