2 de out. de 2009

solidão


O texto abaixo, postado em outubro do ano passado, "precisa" ser reproduzido neste outubro de 2009. Dedicado a uma pessoa especial:


SOLIDÃO
Solidão é o que gente sente no dia em que é confrontado com o próprio sofrimento.
Não há quem possa nos fazer companhia nessa hora, nem se aprende com o sofrimento alheio; tem que ser com a sua própria dor, com o seu próprio sofrimento.
Solidão é aquele momento que, na cruz, o próprio Deus Filho implora "afasta de Mim esse cálice"...
Não espere solidariedade no tempo da solidão.
Nem tente oferecer solidariedade à solidão de outrem: essa é uma experiência pessoal e pouca gente passa incólume por ela.
O dia da dor tem muitas horas... Seus arrebóis, da aurora ao porvir são distintos: nasce sonolento, em luz difusa, mas ao cabo de seu tempo, o derradeiro arrebol pode ter tanta luz que cega a gente... Nesse flash dolorido pode chegar, sorrateira, a noite e, ao abrir os olhos, podemos ter a sensação que ainda estamos no dia da dor. Só ai então se pode ajudar ou ser ajudado.

Alguém que acenda uma uma vela, uma singela lanterna, para avisar que a escuridão reinante é simplesmente mais uma noite! E que outro arrebol virá anunciar um novo dia!

3 comentários:

Anônimo disse...

É verdade solidão é uma dor que tem seu próprio tempo, mas será que vale a pena ser revisitada?!

Seguindo em frente


I
Eu caminho por uma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu caio dentro dele.
Estou perdido... Estou indefeso... Não é minha culpa.
Demora uma eternidade para achar uma saída.

II
Eu caminho pela mesma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu finjo que não vejo.
Eu caio dentro dele outra vez.
Eu não acredito que estou lá de novo, mas não é minha culpa.
Ainda demora bastante tempo para eu sair dali.

III
Eu caminho pela mesma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu vejo que ele está ali.
Eu caio nele... é um hábito.
Meus olhos estão abertos... Eu sei aonde estou... É minha culpa.
Eu saio imediatamente.

IV
Eu caminho pela mesma rua.
Tem um enorme buraco na calçada.
Eu passo em volta dele.

V
Eu caminho por outra rua.

- Portia Nelson

Anônimo disse...

Chapter 1
I walk down the street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I fall in.
I am lost ... I am helpless.
It isn't my fault.
It takes forever to find a way out.
Chapter 2
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I pretend I don't see it.
I fall in again.
I can't believe I am in the same place.
But it isn't my fault.
It still takes a long time to get out.
Chapter 3
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I see it is there.
I still fall in ... it's a habit.
My eyes are open.
I know where I am.
It is my fault.
I get out immediately.
Chapter 4
I walk down the same street.
There is a deep hole in the sidewalk.
I walk around it.
Chapter 5
I walk down another street.

(anonimous)

Tão e somente... Yvoni disse...

A identificação foi tamanha!