9 de ago. de 2009

Os Pais e as Amazonas

Na maioria das espécies animais o papel do pai limita-se ao de fornecedor do elemento biológico (químico? bioquímico? Cada dia mais confuso!) que fecunda um óvulo e dá origem a um novo ser vivo. Aliás, desde que aperfeiçoaram a inseminação artificial, touros de alta qualidade genética têm sido valorizados na pecuária – como fornecedores de sêmen – garantindo a prenhez de inúmeras vacas. Imagino que o mesmo se dê com certos carneiros, porcos e bodes, entre outros animais nascidos para a mesa.
O ser humano parecia diferenciar-se dos outros bichos, entre outras coisas (como os senados e as travessuras financeiras) por dar uma certa relevância ao pai, principalmente nos cinco ou seis mil anos que antecederam este século XXI, certamente à custa de algum trabalho na defesa da família ou como provedor de alimentos, casa e renda.

Com a mulheres ganhando (por competência e astúcia) o mercado de trabalho; com os bancos de sêmen dispensando a presença física de um homem na concepção; com o fim das guerras "corpo a corpo", "homem a homem", que exigiam uma força física tradicionalmente maior do homem que da mulher (e mais uma centena de coisas que seria monótono citar) a velha lenda das Amazonas, uma sociedade só de mulheres, que mantinha alguns machos exclusivamente para reprodução, começa a ganhar contorno de profecia. Essa lenda veio da Grécia antiga e, ao que se diz, foi a razão do batismo de nosso maior rio em 1540, quando o espanhol Francisco Orellana, ali navegando, avistou uma tribo de índios cabeludos que confundiu com as senhoras guerreiras da lenda.

Bem, enquanto essa previsão não é levada às últimas conseqüências (e talvez ainda requeira uns séculos), o que mantém viva a figura paterna – para todos que se livraram de dependências outras – é o bom e velho Amor. E o tal “dia dos pais”, que nunca teve grande relevância na ordem das "coisas" homenageadas em datas específicas, creio, agora, que precisa ser preservado, mesmo que seja um dia em “memória dos pais”.


OPS: é só uma meditação macambúzia, impessoal, porque amo (com reciprocidade) meus filhos, meu pai, meus avôs que tive a graça de conhecer e conviver por mais de 20 anos.

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6 comentários:

Anônimo disse...

A figura paterna é muito importante e forte para o filho. Muitas vezes o pai torna-se o grande herói e exemplo para seu filho, por isso é fundamental o relacionamento saudável e a imagem presente desse pai, que é um espelho para seus filhos.

passeando pela internet, de repente, me vi aqui, lendo cada artigo desse blog. o que posso dizer além do tradicional parabéns e "continue'? já está nos meu favoritos.

EMILIO GAROFALO FILHO disse...

Nice to meet you. Welcome

Cristina Santos disse...

O amor ágape independe dos laços sanguíneos embora os mesmos promovam maior proximidade fisica e emocional.

Bom ter um pai. Bom demais a capacidade de escolher amar e abençoar, pois isso demonstra que somos abençoados por Deus, nosso Pai Celeste.

Mais do que celebrar um dia especial,percebo pelos comentários de seus filhos, que é amado, respeitado e honrado por eles por ela. Que presente, hein?

Beijo

Cristina Santos disse...

... e por falar em reino animal, parabéns pelos olhos felinos que tem ilustrado seu Blog nas últimas semanas. Lindos, lindos, lindos ...

I love cats!

Miauuuuu...

Trapa disse...

Se o meu pai foi espelho em minha vida,
Quero SER pro meu filho o espelho seu.

Nice disse...

sorry, I deleted a comment.
thank you, I really enjoyed your blog