18 de mai. de 2010

ESTAÇÃO DO TEMPO

Quando desci nesta estação, depois de tanta viagem, sabia exatamente o que o fado me poria na mochila...
E temi não conseguir carregá-la!
Desci no escuro sem ter acendido ainda as luzes da alma...

E o fiz solitário.
Por longo tempo ouvi o trem se distanciado!
Não raro pensei em correr, mesmo descalço, em busca do ultimo vagão, pisando os dormentes lascados e os trilhos frios do rumo anterior.

Acho que nunca vou saber se senti forças para ficar ou se me faltaram forças pra seguir!
Sei que fiquei.

Hoje, tatuado pelo vento constante da vida que segue, espero a carruagem que flutua na história.
Vai me levar não sei aonde, nem sei quando!
Sei que vou e faço questão de embarcar como cheguei aqui: só!





(da minha série pessoal, lembrando que "Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!" Mario Quintana)

2 comentários:

Tânia disse...

AMEI.

Tão e somente... Yvoni disse...

"Dorido" - Do ponto de vista de Quintana.