19 de mai. de 2010

Estação Congonhas

Passei dia desses por Congonhas, o aeroporto de São Paulo, como já fiz algumas centenas de vezes. Quiçá milhares!
Tive a impressão que uma pedra me cumprimentou! E que o pilar do saguão central, aquele do lado esquerdo da escada rolante (que outrora não havia) sorriu pra mim!
Congonhas é um aeroporto que, se a gente não passa sempre, um dia não reconhece. É uma metamorfose estacionária (pra não parecer obra de Raul Seixas), onde tudo muda sempre de lugar. Não necessariamente, para melhor, mas muda. Dou exemplos: (1) o sanitário do saguão central continua no mesmo lugar mas foi reduzido à metade (e o público decuplicou); (2) não se embarca mais a pé pela pista, mas por modernas pontes ou fingers que nos conduzem direto à porta do avião. Claro, quando há espaço, já que só tem 12 fingers e não raro nos empacotam em um ônibus para entrar no avião em uma tal “posição remota”.

Mas todo mundo gosta do velho aeroporto; como os torcedores gostam do Pacaembu. Não por serem velhos, mas bonitos, charmosos e bem localizados e, principalmente, porque ambos nos trazem lembranças fortes, algumas boas, de chegadas felizes, outras amargas, de partidas sem retorno.
E o que é a vida se não uma sucessão de embarques e desembarques, com lágrimas ou risos, esperanças ou nada... Às vezes acho que esperança não tem antônimo! Se tiver, é morte!

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