ESPERANÇA (em um olhar sobre o lago de Ipauçu-SP)
Este é um recanto manso, imenso.
Água antiga de funda saudade,
Tempo vivido, campo e cidade!
Um mergulho infante e tenso
Uma vida descoberta, liberdade!
Saudade das emoções primeiras,
Baile, namoro, beijo assanhado,
Um vazio presente, um vivo passado,
O arquivo das letras ordeiras,
Pela dor do tempo gravado...
Passados colegas, mestres-guias,
Escolas intrigantes, integrantes,
Todos os povos, os imigrantes...
Saudade de viver em duas vias:
Quem se entrega, recebe antes!
Por fim, amigos n’outra dimensão
Por ora ensaiam a mais linda seresta...
Logo vamos cantar juntos, orquestra,
Sem contar tempo, sem galardão.
Há esperança mais linda que esta?
-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-
FOTO DE IPAUÇU – SP - 2008 (onde vivi dos 2 aos 18 anos)
4 comentários:
Gosto do que escreve. Mesmo um pequeno recado, um torpedo. Gosto sempre! Portanto, aprecio dos seus textos. Traduzem sentimentos densos em imagens, cheiros, texturas,sabores.
Tenho uma forte identificação, diria familiaridade, com suas palavras. Elas são minhas também. E isso aconteceu desde a primeira linha escrita.
Neste poema sobre IpauÇu,vc me emocionou mais uma vez,demais.
Abraço forte e longo,
da Mag.
Hehehe hoje tem umas capivaras morando aí na beira. Uma comédia
Vou conseguir fotos das capivaras que moram no lago lá de |Ipauçu... e vou publicar aqui
Oi Emilio Garó... rs
Confesso que procurei ‘um post’ para comentar sobre a paisagem ‘da capa’, pois é também digna de comentário, assim como todos seus textos já publicados.
A imagem é encantadora e confesso também ter curiosidade se, num lugar tão rico nos detalhes, mais parecendo uma pintura a mão, pode-se obter alguma espécie do tipo “catfish?”... rs
... Lugar pincelado pela mão de Deus!
PS.: O comentário sobre o taquisurídeo advém da ‘reverência’ que você faz em vários dos seus textos e acabei por me interessar em saber mais da história do onívoro, nativo dos U.S.A... rs
Grande beijo!
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