14 de jun. de 2010

Invenções diabólicas, parte III

O Emilio Neto sugere a inclusão, entre as "invenções diabólicas", dos "torpedos" desnecessários e, principalmente aqueles que chegam "fora de hora", no meio de uma reunião importante, na igreja, no trabalho, na escola, no teatro, etc.
Tem toda razão, mas morando desde longa data no exterior (voltem logo!!!!), ele precisa saber que o brasileiro ainda nem chegou ao ponto de achar o envio de um torpedo um ato grosseiro, porque, deslumbrados, nossos patricios (e patricinhas) costumam deixar tocar o próprio celular no meio de um filme no cinema, numa sessão de juri, na igreja, na escola, no ônibus...
Na hora do almoço, em qualquer restaurante, os toques de celulares replicam, aqui no Brasil, o efeito das vuvuzelas africanas, com a diferença que os toques são desgraçadamente "personalizados", isto é, soam desde os toques tradicionais, até acordes do hino nacional, do Iron Madden ou o último sucesso da mulher-melancia!
Para agravar, atendem em altas vozes e discutem com a esposa, passam ordens de compra e venda ao corretor, marcam programas "alternativos", como se, plugados às ondas dos celulares, fossem isolados do resto do mundo. Dirigem autos e motos (além de bicicletas) falando ao celular, vão à praia com o dito cujo a tiracolo... usam até na sauna!


Assim, genericamente, incluimos em nossa galeria de invencionices do diabo, não o celular, mas seu uso absolutamente inadequado pela maioria da população.

Um comentário:

Cristina Santos disse...

... só pra registro, qual é mesmo o número do seu celular? kkkk